Uma doença (ou devo dizer muitas?) que provoca reações apavoradas nas pessoas. Hoje todos temos alguém próximo que já viveu um câncer, ou fomos nós mesmos que o enfrentamos.
As vivências são diversas. Extremamente sofridas, sempre dolorosas, uns se encolhem, outros crescem. Há quem tenha apoio e quem não. Quem é abandonado, quem enfrenta sozinho. Quem aprende e quem ensina. Mas todos passam pelo susto, o medo de morrer, a dificuldade de enfrentar sendo forte pelo menos em algum momento.
A ciência já nos proporciona esperança que até poucos anos atrás não tínhamos. Vários tipos de câncer são muito bem tratados e eliminadas suas possibilidades de retorno. E o incrível é que é um avanço enorme em tão pouco tempo.
No entanto, a marca estará sempre conosco.
Em fevereiro deste ano completam 12 anos que descobri o câncer de mama.
Sempre lembro disso nesta época. Assim como lembro em junho que fiz radioterapia por um mês, durante 28 dias num período de 4 semanas, como lembro que em novembro de 2008 acabaram as sessões de quimioterapia e que em dezembro iniciei o tratamento com o citrato de tamoxifeno. Tratamento este que durou 10 anos. Não sou masoquista, apenas são marcos na minha existência que fazem parte de mim.
O processo como um todo é grande e forte. Literalmente a vida da gente gira em torno disso. Tenho muito o que contar sobre esse período. E vou.
Por hoje passei por aqui pra lembrar que o auto exame não provoca o câncer, assim como os exames de rotina. Pelo contrário, essas atitudes ajudam a gente a descobrir a tempo de tratar e eliminar.
Por Simone Lima